
Olá amigos do Blog. Estava em Malmedy, Bélgica, atento e
emocionado pois caminhava pelo terreno onde manobrara os tanques do célebre
Obersturmbannführer Joachim Peiper, a Ofensiva das Ardenas, em 16 Dez 44. Havia
campos e pequenos bosques ainda mais verdes devido a chuva que tinha caído. Um
cheiro de terra molhada por toda a parte. Também naquela região de topografia
ondulada, tinha acontecido o sinistro massacre de prisioneiros americanos, fato
um tanto nebuloso até os dias de hoje. Queria visitar o Baugnez 44 Historical
Museum, uma notável instituição de memória que preserva um rico acervo sobre
esta última grande ofensiva alemã. Entusiasmado, tinha comigo o livro Agonia da
Alemanha, de Georges Blond, e nele o autor é primoroso na sua descrição, o
início da ofensiva:
“Ao amanhecer, os aldeões viram passar as forças blindadas.
Tanques, canhões motorizados e veículos providos de lagartas chegavam de leste
pelos caminhos estreitos, desciam e subiam rapidamente as encostas, roncando e
fumegando. Suas fileiras surgiam do nevoeiro, mergulhavam nos pinheirais, e
logo vinham mais tanques e mais canhões, ininterruptamente, novinhos em folha;
o cheiro de gasolina se espalhava no ar gelado. Seria possível que a Alemanha,
depois de tanto tempo em guerra, ainda possuísse aquela massa de material,
todos aqueles soldados robustos e bem equipados? Era possível, estava-se vendo.
Atrás dos blindados vinha a infantaria, regimentos apinhados em caminhões de
grossos pneus novos. Afinal a guerra não estava perdida, o Führer não havia
mentido!”
Mas vamos ver as fotos das exposições deste notável museu.
Elas dizem tudo. Que história!
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Prédio do museu
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Na parede, a foto de Joachim Peiper
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Soldados alemães com um carrinho de munições
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Paraquedista alemão na porta de um Junkers 52, pronto para o salto
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Tanquista americano
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Com a metralhadora MG 34 e munição
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Foto do Obersturmbannführer Joachim Peiper em exposição no museu |
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Transportando munição para as metralhadoras MG 34 e 42
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Com um Panzerschreck, a versão alemã da Bazooka americana
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O icônico Jeep com barra antiarame soldada no para-choques
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Capacete de aço M 40 alemão perfurado por estilhaço
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A iluminação apropriada valoriza o acervo |
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Atirador com um fuzil semi-automático G 43 de 7,92 mm, em tocaia no forro de uma casa |
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Soldados da SS em um Schwimmwagen, o jeep anfíbio alemão
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Um Fallschirmjager
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Sniper com um fuzil Kar 98 K com mira telescópica Zf 41
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Pausa nos combates |
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Capacete americano M 1 atravessado por projétil
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Pausa em Bastogne |
cavaleirodasprofundezas@gmail.com
Nestor Antunes de Magalhães é 2º Ten R/1 do Exército Brasileiro, tendo servido os nove últimos anos de sua vida profissional no Museu do Comando Militar do Sul, Porto Alegre. É membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (FAHIMTB), mergulhador CMAS** com quatro especializações, Submarinista Honorário da Marinha do Brasil e recebeu a Medalha do Mérito Tamandaré. Mergulhou em inúmeros naufrágios por toda costa brasileira, destacando, entre outros, a participação em uma expedição exploratória no Parcel de Manuel Luís, Maranhão. Também mergulhou em naufrágios de Truk Lagoon, Hawaii, Golfo de Suez, Golfo de Aqaba, Estreito de Tiran, Estreito de Gubal e Mar Vermelho.
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