Olá amigos o Blog. O assunto Malta ainda não esgotou. Há uma
dúzia de histórias na reserva, prontas para colocar nesse espaço. Contudo, com
a ideia de não tornar aqui uma sequência monótona, vamos sair do Mediterrâneo e
seguiremos para o Pacífico. É fácil no teclado.
Estava em Rabaul, Papua-Nova Guiné, uma antiga e importante
base logística-operacional japonesa.
Rabaul era exclusiva. A rigor, tinha sido planejada e
construída pelos alemães. Com o advento da I Guerra Mundial, os australianos
tomaram conta. Em 23 Jan 42 foi invadida pelos japoneses. Era uma notável
posição estratégica no SO do Pacífico, com o seu excelente porto natural,
Simpson Harbour, de águas calmas e profundas, que na realidade era uma caldeira
alagada de um sinistro vulcão. Logo os japas construíram aeródromos, depósitos,
paióis, alojamentos, abrigos, estação de radar, centro de comando, etc. Em
1943, já havia em Rabaul e adjacências,
uma guarnição de cerca de 110.000 soldados, fuzileiros navais, marinheiros,
pilotos, técnicos e operários.
Tudo isto atraiu a aviação americana e Rabaul recebeu cerca
de 20.000 t de bombas. Uma verdadeira chuva.
Havia feito contato prévio com a Kabaira Dive, uma operadora de mergulho sediada na região e que me guiou em mergulhos memoráveis nas águas quentes de Simpson Harbour. Conheci e explorei os naufrágios de quatro Zeros, um Pete e diversos navios.
Também organizaram para mim um "Tour da II GM". Desta forma visitei museus, memoriais e sítios históricos. Um deles, na borda da jângal, era uma área de dispersão de um aeródromo japonês. Em uma depressão no terreno e perto de algumas crateras de bombas, jaziam os destroços de dois bombardeiros, possivelmente um Mitsubishi Ki-21 Sally e um Mitsubishi G4M Betty. Era um verdeiro ossuário de fuselagens, motores, torretas de armas, empenagens, etc. Algo impressionante. Alguns pedaços de asas estavam crivados de furos de balas, buracos de granadas de 20 mm e rasgados por estilhaços. Para estas visitas contei com dois eficientes guias: na água o Matheo e em terra o Steven. Esta jornada completa está no capítulo Rabaul do livro De Guadalcanal a Creta.
Que história!
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Foto aérea de Rabaul e Simpson Harbour |
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Planta da cidade de Rabaul |
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Anteparo na fuselagem, possivelmente de um Betty |
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destroços do cockpit, possivelmente de um Sally |
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Meus eficientes guias da Kabaira Dive: Steven (e), Nestor, Mathew e o motorista |
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Os destroços estão em uma depressão na orla da selva |
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Navegando em Simpson Harbour |
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Possivelmente são destroços de dois bombardeiros japoneses: um Betty e um Sally |
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Fuselagem de seção redonda, em forma de charuto, típica do Betty |
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Nariz do Betty tomado pela vegetação |
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Estrutura do cockpit, possivelmente de um bombardeiro Sally |
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Motor radial |
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O guia Steven junto ao pedaço de uma asa |
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Interior da fuselagem |
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Pedaço da fuselagem com restos do anteparo interno |
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À esquerda da foto dá para ver um pedaço de uma das bolhas laterais do Betty |
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Em primeiro plano, um dos motores radiais |
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Visto de outro ângulo a estrutura do cockpit do bombardeiro |
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Esta história completa está no capítulo Rabaul do livro De Guadalcanal a Creta. Reserve e recebe em casa o seu exemplar pelo e-mail ulissess18@yahoo.com.br |
cavaleirodasprofundezas@gmail.com
Nestor Antunes de Magalhães é 2º Ten R/1 do Exército Brasileiro, tendo servido os nove últimos anos de sua vida profissional no Museu do Comando Militar do Sul, Porto Alegre. É membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (FAHIMTB), mergulhador CMAS** com quatro especializações, Submarinista Honorário da Marinha do Brasil e recebeu a Medalha do Mérito Tamandaré. Mergulhou em inúmeros naufrágios por toda costa brasileira, destacando, entre outros, a participação em uma expedição exploratória no Parcel de Manuel Luís, Maranhão. Também mergulhou em naufrágios de Truk Lagoon, Hawaii, Golfo de Suez, Golfo de Aqaba, Estreito de Tiran, Estreito de Gubal e Mar Vermelho.
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