Olá amigos do Blog. Este aí da foto é o meu encouraçado
Bismarck na escala 1/200. É enorme. Tem quase 1,30 m de comprimento e ocupa uma
generosa caixa de vidro aqui em casa. Por volta de 2012, a Editora Salvati do
Brasil Ltda começou a publicar fascículos semanais que continham as peças do
navio, instruções de montagem, história e cronologia naval. Os materiais do kit
eram madeira, latão, fibra e plástico. Apesar de ser um velho plastimodelista,
cheguei a conclusão que não tinha habilidade suficiente para tocar a diante tão
complexo trabalho. Passei a missão ao meu amigo e talentoso maquedista Luiz
Liesenfeld que levou 13 meses para montar e pintar o encouraçado. No final o
modelo ficou excelente. Achei-o majestoso e soberbo, entre todos os
instrumentos de guerra. Que história!
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
NOVAMENTE MERGULHO EM NAUFRÁGIO DE UM STUKA NA CROÁCIA
By
cavaleirodasprofundezas@gmail.com
15:33:00
18, 211, 5, Adriático, antiaérea, Borko, carregadores, cockpit, corrente, Croácia, Jumo, Junkers 87, MG 15, MG 17, Pongo, Primosten, segurança, Stuka, tipo sela.
Olá amigos do Blog. É difícil atender a todos. São muitos
pedidos para repetir determinados artigos. Estão chegando quase todos os dias.
Bem, vamos fazer o possível para atendê-los. Não atirem em mim, eu faço o
possível. Estava em uma pequena cidade chamada Primosten, na encantadora
Croácia, com a finalidade de mergulhar e explorar o naufrágio de um bombardeiro
de mergulho Junkers 87 Stuka. A informação dele me fora passada pelo meu velho
e talentoso dupla que mergulhou comigo em Truk, o português Luís Mota. Havia
conseguido contato on line com a operadora Diving Center Pongo e com o guia, o
croata Borko Pusic. O Stuka fora abatido por fogo antiaéreo em abril de 1941 e
seus destroços jaziam ao largo da ilha Zirge. Levamos perto de uma hora com um
inflável para alcançarmos o local do naufrágio. O Mar Adriático estava calmo,
sem corrente, a visibilidade era de 25 m e a temperatura da água perto de 20
°C. Uma água verde, transparente, e lá embaixo, pousado na areia, a 30 m, estava
o lendário Stuka. Eu fiquei fascinado, podemos dizer até apalermado, nadando
perfeitamente neutro e sem sinal de narcose ao redor do avião. Me sentia um ser
privilegiado, abençoado. Puxa vida, só os adoradores de tudo isto podem avaliar
e entender um momento como aquele. Deliciava-me com cada detalhe: as luzes de
navegação na ponta das asas, os ailerons, o alojamento do farol na borda da
asa, o cockpit, a base da antena, o manche, o assento do piloto, os
carregadores tipo sela da MG 15 e as duas metralhadoras MG 17 nos bordos de
ataque das asas. É claro que sentei dentro daquele cockpit enquanto lembrava de
Hans-Ulrich Rudel e as suas 2.530 missões. Claro, só podia pensar nele e nas
suas façanhas extraordinárias.
Não era um avião grande. Tinha pouco mais de 11 m de
comprimento e estava muito inteiro para 76 anos de submersão. Somente o motor
Junkers Jumo 211 havia se destacado da fuselagem com o choque na água e estava
a poucos metros na areia.
Esta jornada, completa e emocionante está no livro De Guadalcanal
a Creta. Que história!
Lá em casa o meu Junkers 87 na escala 1/32 vestindo roupa africana |
A 30 m de profundidade, neutro, sobre o Junkers 87. Observem o trapézio da bomba ainda no seu lugar |
O motor Junkers Jumo 211 lançado à frente com o choque na água |
Vista do cockpit de posição sobre a asa esquerda |
Cockpit, fuselagem e lemes de profundidade com montantes |
Metralhadora MG 17 na borda da asa direita |
Alojamento do farol de aterragem e metralhadora MG 17. Asa esquerda |
Carregadores extras tipo sela para a metralhadora MG 15, ainda municiados com 70 cartuchos de 7,92 mm |
Parte traseira do cockpit onde se nota a posição do artilheiro de cauda |
Momento de grande emoção e respeito: sentando no assento do piloto |
Boca do cano da metralhadora MG 17 |
Mais emoção: no segundo mergulho novamente sentando na posição do piloto |
Posição do artilheiro de cauda que manejava uma MG 15 |
Cauda com montantes |
Com com 18 minutos de tempo de fundo já era hora de emergir |
O Adriático nos foi amistoso: calmo e sem corrente |
![]() |
Toda esta aventura completa e muitas outras, estão no livro De Guadalcanal a Creta. Reserve o seu exemplar pelo e-mail ulissess18@yahoo.com.br |
Parada de segurança a 5 metros |
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
NOVAMENTE O ALMIRANTE YAMAMOTO
By
cavaleirodasprofundezas@gmail.com
17:38:00
almirante Yamamoto, Betty, gosmenta, Guadalcanal, Imperial, Jeep, Selva, sinistra, staff, Toyota, Zero
Olá amigos do Blog. Com a morte do general Suleimani, lembrei
de outro fato similar que aconteceu a 77 anos: o assassinato do almirante
Yamamoto, abatido no seu avião por caças americanos quando em viagem de
inspeção a bases japonesas. Já mencionei esta história por aqui. Entretanto,
atendendo a vários pedidos e a recente morte de Suleimani, fizeram com que eu
voltasse ao assunto.
Na função de Comandante da Frota Combinada, Isoruko Yamamoto
conquistou o respeito e a admiração de seus homens. Ele não era apenas um
almirante mas a personificação da Marinha Imperial japonesa durante a Guerra no
Pacífico. Em abril de 1943, criptógrafos da US Navy decifraram uma mensagem
japonesa, onde constava todos os detalhes da viagem. Em Guadalcanal foi
apressadamente organizada uma operação de interceptação a ser executada por
caças P-38 sobre a ilha de Bougainville. O almirante era pontual pois
exatamente na altitude e horário já conhecidos, o bombardeiro Betty em que
viajava foi atacado pelos caças americanos e abatido.
Eu estava em Bougainville, Papua-Nova Guiné, e queria conhecer os destroços do avião de Yamamoto. Para tanto contratei guias que me levaram em uma corrida alucinada por estradas e trilhas medonhas. Foram 3 h de tensão em um Jeep Toyota, vadeando rios, subindo morros ou patinando no barro. Minha nossa, coisa de morrer de medo.
Ah, mas tinha mais. Penetramos em uma selva sinistra, gosmenta, úmida, provavelmente infestada de malária. Com a infeliz parceria de todos os insetos que o Criador colocou aqui nesta ilha, para voar pelos ares, pendurarem-se nas folhas ou flanar sobre o solo. E aí foi uma marcha forçada por mais de hora. Achei que não iria aguentar. Desidratado, crivado de espinhos e emaranhado em teias de aranha, pensei ter alcançado o limite físico e moral. Coisa que me aconteceu uma vez no Exército e outra quando mergulhei no naufrágio do submarino alemão U 701, na Carolina do Norte. Mesmo assim, consegui alcançar o local dos destroços e foi com imensurável emoção que trouxe este relato de lá. Esta jornada memorável está completa no livro De Guadalcanal a Creta. Que história!
Na parede lá em casa o Betty 323 em escala 1/48 do almirante Yamamoto |
![]() |
Almirante Yamamoto |
O guia número um |
Tanque leve japonês que encontrei na orla da selva |
![]() |
Croqui da rota de voo do Betty de Yamamoto e local de queda. Na verdade eram dois bombardeiros. O outro, o 326, transportava o staff do almirante e também foi abatido |
Também na beira da selva, encontrei um caça Zero |
Guia número dois |
Após uma hora de marcha na selva, começam a aparecer os destroços do avião |
Posição do artilheiro de cauda que manejava um canhão de 20 mm |
Interior do bombardeiro |
Um dos motores com as pás da hélice cortadas pelos caçadores de relíquias |
Abertura de uma das escotilhas bolha no lado esquerdo do avião |
O guia número três |
Buraco de projétil .50 |
Pedaço maior da fuselagem na clareira |
Eu estava no limite físico e moral |
Mostrei a minha bandeira que estava na mochila e ele provocou grande interesse |
Posição do artilheiro de cauda vista de outro ângulo |
Estrutura interna do bombardeiro com furo e rasgão de granada de 20 mm
A água terminou e foi preciso improvisar com refrigerante quente |
Pás da hélice do outro motor também cortada pelos caçadores de relíquias |
O motorista |
quarta-feira, 1 de janeiro de 2020
MUZEUM WOJSKA POLSKIEGO - MUSEU DO EXÉRCITO POLONÊS
By
cavaleirodasprofundezas@gmail.com
15:59:00
1.000, 1920, 1993, AK, Armia, Clostermann, Fogo no Ceu, Krajowa, Mig, Muzeum, Polskiego, Tigre, Varsóvia, Wojska
Olá amigos do Blog. Estava em Varsóvia, Polônia, para
conhecer o Museu do Exército Polonês (Muzeum Wojska Polskiego), instituição de
memória criada em 1920, ampliado em 1993 e que ocupa generoso espaço dentro do
Museu Nacional da Polônia. Ele é o segundo maior museu da cidade e tem como
acervo numerosa coleção de objetos militares da Polônia. São 1.000 anos de
História, de armaduras dos hussardos do século X a um Mig moderno. Uma boa
parte do acervo, especialmente aviões, blindados e canhões, se encontra em
espaço aberto. O restante, em elaboradas exposições no interior do prédio onde
o visitante é recebido pelo áudio permanente de canções de soldados que mais
parecem lamúrias, pura lamentação, realmente muito tristes, emocionantes.
Impossível não ser tocado por tudo aquilo.
Pobre Polônia. Isto foi suficiente para eu lembrar da
Insurreição de Varsóvia, feroz batalha entre os alemães e patriotas poloneses
do AK (Armia Krajowa), de 01 Ago 44 a 02 Out 44. Pierre Clostermann é talentoso
no seu livro Fogo no Céu ao descrever a velha capital em chamas, massacrada,
destruída mais uma vez:
"Como raios de uma roda convergem para o centro, os
tanques Tigre, esmagando os destroços sob suas lagartas, sobem lentamente para
o centro em fusão da velha cidade, Quartel General da Resistência. Como podem
ainda desprender-se tantas chamas e tanto calor dos destroços carbonizados e
sempre inflamados, de uma cidade de um milhão de habitantes".
Que história! Neste artigo vamos ver algumas fotos do acervo
externo. No próximo, o interno.
Assinar:
Postagens (Atom)